SORRISO 3
A força que está imersa num sorriso,
Parece a mesma submersa num sonho.
Uma, porém, cria à outra o fator preciso;
E ao arquitetar, faça-se imaginar...
E o arquiteto, sendo o sonho, fará
Girar a expectativa, irresoluto,
Até que a alcança, e desperta a consciência,
Que fabrica a forma-sorriso em “bruto”...
O modo refinado é a diferença:
Franqueia, expõe, soma ao riso grave e agudo,
E quando enternece, acresce confiança,
E quanto mais se sorri, o sorriso mudo
Depreende e refaz, em mímica sutil,
Do sonho, o que se ganhou e se sorriu.