Amarga Lembrança/

Quando Amor eu trazia-lhe ao peito

contentíssimo e bem seguro,

num estado tão ledo e tão perfeito

sem ver de si tão grande apuro!

Mas quando Amor mostrou o lado obscuro,

vieram-me aparecendo alguns despeitos

e agora em contínua dor me asseguro,

que de Amor não vi senão defeitos!

Ah,quem viver quizer bem enganado

a iludir-se que no tempo é contente,

traído será em seu cuidado

E eu que pus no Amor tamanha confiaça

mais razão tenho em viver descontente,

trazendo comigo amarga lembrança!

Alssyno Dantas
Enviado por Alssyno Dantas em 13/02/2008
Reeditado em 08/07/2008
Código do texto: T858131
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