TALVEZ HOUVESSE AMOR...


Talvez houvesse amor, talvez, não sei,
ou mesmo houvesse amor demais, quem sabe?
Se o amor regula a vida, a sua lei
está sujeita às normas da bondade

ou pode alguém que ama ser cruel,
acreditar talvez em menor mal...
Será que pode o amor tornar em fel
a doce sensação, antes real,

de que só pode em si  conter o bem?
Quem sabe, por amor, alguém que ama
entenda ser mais certo e escolha além

da esfera e da verdade do seu drama.
Talvez houvesse amor, como convém;
talvez houvesse amor, houvesse a chama.


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