Quero envolver-te em óleos perfumados,
fazer-te ouvir o coro celestial
e revelar sem pejo, os meus pecados,
em liberdade ter o teu aval...

Talvez andar à toa, no jardim
da tua infância, lá, onde brincavas
e resgatar o brilho, a luz enfim,
banhar teus olhos com água de malvas.

Depois chorar por eles o meu pranto
e recolher as lágrimas salgadas.
Bem devagar, cantar um acalanto...

Daquelas gotas, quando enfim geladas,
fazer compressas e cuidar entanto,
de admirá-los, tal como me agrada.


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