VOZ DO SILÊNCIO
Nas línguas de todo mundo, guarda-se um poder
Com direta relação com todos, ou meu e seu;
E fatal e probabilístico, conceder
Pares semelhantes, fato que se conheceu.
Na linguagem existe toda forma simbólica,
Fonemas e grafemas, signos e interjeições,
Vindos de onomatopéias ou formas etimológicas,
Que a língua admitirá corrigindo imperfeições.
Haverá seja qualquer a comunicação,
Em todo ser que de algum modo fala, sente e ouve,
Uma extraordinária carta marcada na mão...
Sua própria mão... que posta sobre lábios cerrados,
Vê o expoente da locução, que acima do que aprove,
Falta fluxo ao ar, traz voz à voz dos silenciados.