Eterno
Havia um tempo em que tudo era poesia...
naquela praça onde tudo acontecia,
o próprio tempo parecia não ter pressa,
e ser feliz não dependia de promessa.
Nós dois, no banco da pracinha, a namorar,
o tempo, as flores, os pardais a nos olhar,
e os versos desse grande amor na flor da idade
criavam rimas para toda a eternidade.
O teu olhar era tão terno quanto a flor,
e a iluminar a longa estrada desse amor
o teu sorriso tinha a luz do próprio sol.
Mas eis que o tempo, insensível, não parou,
e nossa estrada, que o amor pavimentou,
nos trouxe aonde brilha eterno o arrebol.