SONETO DE TERNURA
Se o amor soubesse furtar os teus olhos,
Traria nos meus o perfume da rosa,
Libertando-me de quaisquer abrolhos,
Altaneira! Serás a minha briosa.
Que me guarda e prende com os ferrolhos,
Na paixão que incendeia não é perigosa,
Aguçada no meu corpo há antolhos,
Que saem do fundo do coração em glosa.
Fragueiro como ’antes, hei de te amar!
Noutros mares bem distantes, é um cheiro,
No cachecol sem sol, vou te abarcar.
Busto e cerviz hás de uni’ o marinheiro,
Nos epítetos dos seios irás dar,
Os olhos da bel roseira ao parceiro.
Se o amor soubesse furtar os teus olhos,
Traria nos meus o perfume da rosa,
Libertando-me de quaisquer abrolhos,
Altaneira! Serás a minha briosa.
Que me guarda e prende com os ferrolhos,
Na paixão que incendeia não é perigosa,
Aguçada no meu corpo há antolhos,
Que saem do fundo do coração em glosa.
Fragueiro como ’antes, hei de te amar!
Noutros mares bem distantes, é um cheiro,
No cachecol sem sol, vou te abarcar.
Busto e cerviz hás de uni’ o marinheiro,
Nos epítetos dos seios irás dar,
Os olhos da bel roseira ao parceiro.