MENTIRA


Esse verbo que sempre retorna
e me assombra nas noites cruéis
é a palavra que atiça os papéis,
pois enfrenta os rigores da norma.

O que diz, sempre aumenta e não gasta
a reserva total de sentido;
cabedal infinito e duvido,
é verdade, que finde num basta.

Impossível manter-me calada
e a expressão toma conta de mim:
vamos juntas, portanto uma só,

enredadas num único nó.
Escritura de um tema ruim,
a mentira de um sonho, mais nada.



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