Última Madrugada
Oh, meu pequenino Anjo bateu asas;
Seu corpinho gelado na noite triste;
Agora seu Espírito é verdadeira morada;
Habitando um universo sem limites.
Como esquecer o silêncio daquela madrugada;
No corredor vazio do hospital;
Meus braços levavam minha vida;
De roupa branca envolto por um avental.
Olho a cruz, sózinha naquela capela;
Lembro-me de nosso pai que também se foi;
Meu coração sangra na súplica que apela;
Mas que destino cruel que levou meus amores;
Enquanto a saudade teima e não espera;
A Força Divina cicatrizou minhas dores.
Aline Cristina C. de Oliveira