INEXPUGNÁVEL CORAÇÃO
INEXPUGNÁVEL CORAÇÃO
Provocas-me com essas suas formas e doçuras,
Transmudadas em afagos, abraços e lambidas,
Palmilhando-a toda, em lassos mas ternos sentidos,
Palmeando os recônditos de seus mistérios,
Percorridos, por sua própria e farta imaginação.
Compartilhados agora por meus sutreanos desejos,
Reprimidos, passeando nos pelos, agora ouriçados
nesse balbucio morno, seu, em meus ouvidos.
Ah! Como ainda sinto seu cheiro e o pulsar frenético
das batidas ritmadas de seu inexpugnável coração!
E ainda que tão distante, ouço seu suspiro de prazer.
E no encurtar das distâncias, no tempo, vencidas,
finges que se entrega, assim, bêbada... de meu ser,
E repele, sutilmente, meus almejos ávidos de paixão!
Urias Sérgio de Freitas