MARCAS DO TEMPO

Vejo as marcas do tempo e suas garras
Implacáveis no meu rosto impressas
Nublam-me o olhar e nelas imersas
Tristezas afundam suas amarras

Da face entram n’alma os dissabores
Por que assim tão rápido, tão atroz?
Protesta meu silencio em alta voz
Tristezas pintam de negro minhas flores

Oh! Deus por que fazes isso comigo?
Tu és Deus de amor, não de castigo!
Devolva todas as minhas alegrias

Tira as garras marcadas no desgosto
Formoseia com riso o meu rosto
Como fizestes nos primeiros dias