A dança da morte
Não reze enquanto dançam os fantasmas...
Espere que o baile acabe... e comece.
Não dura um átimo o poder da prece
Dita entre assombrações póstumas... pasmas...
Espere que se cale a sua orquestra,
Que soe o final da dança macabra,
Que cada valsa viva se reabra
Após a morte obscura e canhestra.
Ouça o tilintar de taças trevosas
Brindando com vinho de odres mortíferos
A degenerescência de almas rosas...
Os lêmures dos antigos mamíferos
Veja-os escapulir por sobre instintos
purgando nos celestes labirintos...