Surrealismo
Rompe-se pois o universo
Ness'hora o olhar s’ilumina.
Densa seria em meus versos
A idéia que era tão fina.
Perco-me então nesse inverso
Que um texto faz na retina.
Sonoro qual riso terso,
Sagrado como doutrina.
Em tal ditame o alicerço,
Busco a rima cristalina,
Mesmo de modo transverso.
Mas vem a espessa neblina
E em devaneio disperso
Sonhos loucos de menina.