Soneto da Angústia
Que a morte do que eu acredito
Seja apenas sentida e não vista
E os sussurros se transformem
Em brisas e passe despercebidos
Que o grito de dor ecoe silenciosamente
E o silencio seja o único amigo a pôr-me a mão
E os espinhos que crava minha alma
Transporte e refaça a minha vida
E ao chegar ao profundo e sombrio fim,
Verei que a vida é só uma passagem
Que rasga a alma e modifica o ser
E o meu corpo seja apenas velado
E meus desejos, respeitados.
Quanto a mim, apenas chamem-me pelo nome.