Soneto da Angústia

Que a morte do que eu acredito

Seja apenas sentida e não vista

E os sussurros se transformem

Em brisas e passe despercebidos

Que o grito de dor ecoe silenciosamente

E o silencio seja o único amigo a pôr-me a mão

E os espinhos que crava minha alma

Transporte e refaça a minha vida

E ao chegar ao profundo e sombrio fim,

Verei que a vida é só uma passagem

Que rasga a alma e modifica o ser

E o meu corpo seja apenas velado

E meus desejos, respeitados.

Quanto a mim, apenas chamem-me pelo nome.

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 30/01/2008
Reeditado em 06/01/2014
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