Misteriosa.
O que tanto escondes, diga-me qual teu mistério?
que não se vê no sorriso, nem em olhar malicioso,
onde está? Diga-me, por Deus, em qual hemisfério?
Mesmo vendo que o teu segredo, pode ser perigoso...
Onde está? Mostra-me com ar de ventura...
A tela que te rege, beleza que se tem por escultura!
Mesmo que eu venha, embreagado por tua magia,
mostra-me o caminho que imortaliza a minha poesia.
Onde está, alma de pele morena?
Sustenta-me ao teu olhar por encantamento,
a naufragar-me, num olhar castanho e sereno,
e delirar de nostalgia, como se vê, o firmamento...
Onde está, música tocada sem nota e nem som,
Que mistério, prevalece em seu tom?
Rio de Janeiro, 29 de Janeiro de 2008.