Prisioneiro Cultural
Meu nome é conhecimento,
Fui cravado em folhas de papel,
Que destino cruel!
Sou brasileiro do esquecimento!
Triste cultura do não ler,
Da preguiça do conhecer,
Faz do livro prisão do saber,
Cárcere sem crime, sem merecer.
Bem valioso, mais-valia ignorado!
Prá sempre em página condenado,
Poeira espanada e à traça alienado!
Meu camarada, não esqueça sou eterno!
A escolha é sua, descalço ou de terno,
Sem mim, seu fim é ser subalterno!