Soneto da Luz exaurida

A luz da lua evadiu do quarto meu

Provocando gigantesca emanação

De ausência da claridade em ação

Substituta do brilho dos olhos seus

Nada sabia o que fazer até então

Pedi luz à estrela, mas ela se escondeu

Clamei pelo sol, mas o céu me choveu

Justamente na enchente do meu coração

Tantas coisas vêm

Tantas outras se vão

- É a eterna chegada e partida

Você chegou e se foi com o trem

E eu fiquei na escura estação

Vendo sobre trilhos a minha luz exaurida

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 28/01/2008
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