Conto as horas do tempo...

Já sem ser eu a dona do meu coração

E nem a coqueluche dos rapazes,

Oh! Vida já vivida, o que me fazes!?

O desfiar em cântico esta solidão!

E nesta breve estância, prende-me a mão,

Evidencia horas tão fugazes...

Das Primaveras, tão lindas frases,

Da mocidade; minha sublimação!

Eu já perdi do tempo, toda a conta,

Conto as horas do tempo, e já tonta!

Reverto em todo o tempo, esta saudade!

Toldado sob um manto de seda airosa,

C'o perfume d'uma alvacenta rosa...

Apraz-me o tempo, esta felicidade!

Cecília Rodrigues

Junho_07

In "Veleiro de Saudades"

Cecília Rodrigues
Enviado por Cecília Rodrigues em 28/01/2008
Código do texto: T835718
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