UM SONHO DE MULHER
Já que provar não posso a tua boca
E nem tocar o corpo tão ardente
Já que me chama de inconseqüente
Eu falo para ti que tu és louca...
Pois vens mimosa – e voz tão rouca
Abraça-me voluptuosamente
Te acaricio e gemes, de repente
Vivendo quais mendigos nessa pouca
Carícia que nos damos – um espinho
E sem nada dizer deixa eu sozinho
O quê queres de mim? – pergunto então...
E olha me apenas comovida
E como uma sombra assim nascida
Eu penso ter vivido uma ilusão
26/01/08