UM SONHO DE MULHER

 

Já que provar não posso a tua boca

E nem tocar o corpo tão ardente

Já que me chama de inconseqüente

Eu falo para ti que tu és louca...

Pois vens mimosa – e voz tão rouca

Abraça-me voluptuosamente

Te acaricio e gemes, de repente

Vivendo quais mendigos nessa pouca

Carícia que nos damos – um espinho

E sem nada dizer deixa eu sozinho

O quê queres de mim? – pergunto então...

E olha me apenas comovida

E como uma sombra assim nascida

Eu penso ter vivido uma ilusão

                   26/01/08

 

Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 26/01/2008
Reeditado em 26/01/2008
Código do texto: T833380
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