AMOR QUE RASGA E REMENDA

Esse absurdo amor que me consome

E me faz cometer monumentais loucuras,

Que espera meu mutismo e meu reclame,

Ao mesmo tempo, é poço de amarguras

Fere, machuca, é prazeroso contudo

Pois que concede lídimas alegrias

Mescladas à melancolia mais que tudo

Amor gozoso mas de tantas agonias

É amor que, embora amedronte, fascina,

Mesmo entristecendo e ferindo, sublima,

Sentimento que, conquanto rasgue, remenda

A entrecortar gemidos de gozo e sofrer

Enquanto ensina a simples lição de não ser

Para que o mais comum dos homens entenda

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 25/01/2008
Código do texto: T832323
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