AMOR QUE RASGA E REMENDA
Esse absurdo amor que me consome
E me faz cometer monumentais loucuras,
Que espera meu mutismo e meu reclame,
Ao mesmo tempo, é poço de amarguras
Fere, machuca, é prazeroso contudo
Pois que concede lídimas alegrias
Mescladas à melancolia mais que tudo
Amor gozoso mas de tantas agonias
É amor que, embora amedronte, fascina,
Mesmo entristecendo e ferindo, sublima,
Sentimento que, conquanto rasgue, remenda
A entrecortar gemidos de gozo e sofrer
Enquanto ensina a simples lição de não ser
Para que o mais comum dos homens entenda