DESMEMBRADO
DESMEMBRADO
Jorge Linhaça
Desmembrad'amor que me enluta
a alma...esquartejando meu peito
Amor que se foi...não tem mais jeito
De nada vale a minha labuta
Entreguei-me, de alma impoluta
aos anseios de um amor perfeito
Esqueci-me que estava sujeito
às agruras da dor e à angústia
Nem tudo que reluz é feito ouro
-também brilham as tampas de cerveja-
hoje, em meu peito, resta-me o choro
Desta sina que minh'alma dardeja
pensei ter encontrado um tesouro
hoje estou só, num canto da mesa.