uma Verdade na Espuma (2)
Um Sócrates na ágora calmo
A Verdade que passeia flerta
Sorridente modesta calada
Bebendo veneno dign’ereta
Mesmo’o Sol a’inveja diário
E clarão maior faz e projeta
P’ra ofuscá-la expô-la basta...
Todos se afastam eis: é profeta!
Ela, lenta, moribunda’e lívida
Um oráculo de si sem auditório
S’extingue febril rouca sem luta
Sua Sombra s’esfuma tímida
E busca-se no fantasmagórico
Sócrates bambo’ébrio de cicuta