uma Verdade na Espuma (2)

Um Sócrates na ágora calmo

A Verdade que passeia flerta

Sorridente modesta calada

Bebendo veneno dign’ereta

Mesmo’o Sol a’inveja diário

E clarão maior faz e projeta

P’ra ofuscá-la expô-la basta...

Todos se afastam eis: é profeta!

Ela, lenta, moribunda’e lívida

Um oráculo de si sem auditório

S’extingue febril rouca sem luta

Sua Sombra s’esfuma tímida

E busca-se no fantasmagórico

Sócrates bambo’ébrio de cicuta

Danilo da Costa Leite
Enviado por Danilo da Costa Leite em 25/01/2008
Código do texto: T831788