Soneto do Instante Vivo

Não conte os dias – conta o que se sente,

Que o tempo é artífice de mão vazia.

Se o passo é vão, o mês se faz ausente,

Mas um segundo intenso é poesia.

 

Não pese o calendário – seja o agora

A chama acesa em cada amanhecer.

Que o dia valha o lume que se explora,

E não a conta fria do dever.

 

Que importa o tempo, se a alma não o habita?

Que vale o ontem, se o hoje não palpita?

Viver é ser presente – e não só ter.

 

Faz de cada manhã tua vitória:

Que o tempo te revele a tua história;

Como um instante que se aprende a merecer.

J Freire Pontes
Enviado por J Freire Pontes em 16/04/2025
Reeditado em 16/04/2025
Código do texto: T8310606
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