VIDA QUE SEGUE

Meu coração é campo minado

Nas muitas guerras que perdi

Por obrigação, bate ritmado

No peito cansado de existir

Meu coração é músculo resignado

Programado a pulsar e seguir

De esperanças contaminado

De sonhos morando no devir

Tem consciência da finitude

Que a idade traz decrepitude

Que o fim é lápide a nos cobrir

Meu coração o sabe bem

Mas sabe também da estrada

Que a vida deve, sempre, prosseguir

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 13/04/2025
Reeditado em 13/04/2025
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