TRILHAS

Tenho os pés que pisam nuvens mais que chãos
E um olhar que vê além do que enxerga
Tenho um corpo que aos estorvos não se verga
E uma mente obediente ao coração.

Sigo a trilha que o destino reservou
Entre pedras, entre plumas, bombas, flores,
Caminhando por um chão de ódios e amores
Sem saber por certo quando e aonde vou.

Tento abrir caminho e fazer meu destino
Entretanto sobrepõe-se um dom divino
Empurrando-me ao final que estava escrito.

Não desisto ante o caminhar sofrido
Pois se a senda é um caminho árduo e dorido
O trilhar cumprido é galardão bendito!

Oldney Lopes ©
Brumadinho, 23 de janeiro de 2008.
18:12h.