A CORAGEM DE FALAR MEU NOME...
Sei que existe o pecado talhado no peito,
Ou quiçá o remorso por não tê-lo feito,
Mesmo não sendo-o palpável, concreto,
Admita-o, pois de lá eis que ele não some.
Mas se prova-o qual brisa em voo rasteiro,
A vagar levemente em teu rosto faceiro,
A exigir que o teu coração fique esperto,
Enquanto esse sentimento te consome.
Ah! Em vão o esforço assaz tão costumeiro,
No qual deves brigar com a noite e o teto...
Referindo-te a mim em adjetivos e pronomes.
Por fim, não precisas desse res aperreio,
Para que tentes a liberdade dos desertos,
Deverás ter a coragem de falar meu nome.