VELHAS MADRUGADAS

Madrugadas têm gosto de solidão
É possível despetalar rosas com sabor
De velhice quando as noites se vão
É factível respirar antigos odores, bolor

Consola-me saber que novo dia virá
Malgrado o grito do silêncio em derredor
A incandescência de pirilampos no ar
Aumenta em mim a sensação de estar só

Ante o iminente alvorecer de novo dia,
O despertar de multidões, sons, alegria,
Decerto meu coração ganhará novo alento

Verei sorrisos estampados, vozes humanas,
As portas dos colégios se abrindo às alunas
A vida alegrando-me o coração sedento
Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 23/01/2008
Reeditado em 08/07/2008
Código do texto: T829886
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