VELHAS MADRUGADAS
Madrugadas têm gosto de solidão
É possível despetalar rosas com sabor
De velhice quando as noites se vão
É factível respirar antigos odores, bolor
Consola-me saber que novo dia virá
Malgrado o grito do silêncio em derredor
A incandescência de pirilampos no ar
Aumenta em mim a sensação de estar só
Ante o iminente alvorecer de novo dia,
O despertar de multidões, sons, alegria,
Decerto meu coração ganhará novo alento
Verei sorrisos estampados, vozes humanas,
As portas dos colégios se abrindo às alunas
A vida alegrando-me o coração sedento
Madrugadas têm gosto de solidão
É possível despetalar rosas com sabor
De velhice quando as noites se vão
É factível respirar antigos odores, bolor
Consola-me saber que novo dia virá
Malgrado o grito do silêncio em derredor
A incandescência de pirilampos no ar
Aumenta em mim a sensação de estar só
Ante o iminente alvorecer de novo dia,
O despertar de multidões, sons, alegria,
Decerto meu coração ganhará novo alento
Verei sorrisos estampados, vozes humanas,
As portas dos colégios se abrindo às alunas
A vida alegrando-me o coração sedento