RAZÃO SEM DONO

RAZÃO SEM DONO

É curto o cobertor da razão.

À primeira temporada de frio

Que congela os pés ou as mãos

A inabalável razão vira desvario.

Toda empáfia, discurso, agressão

Com gestos, palavras e punhais

Caem por terra no calor da emoção

E ficam presos em pequenos currais

Quanto mais forte o punho e alto o grito

Menos convincente é o argumento

Mansidão e silêncio alcançam o infinito

E o tempo se encarrega da travessia

Usando a verdade como cimento

Que pavimenta o caminho da democracia.

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 31/03/2025
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