Soneto à natureza

Em brisa leve dança a flor serena,

E o sol dourado beija o rio manso.

No verde campo, a vida se envenena

De luz e sonho em seu eterno avanço.

No azul do céu, desfilam nuvens puras,

Com seus segredos presos no horizonte.

E a lua branca, entre as sombras duras,

Desvenda amores no brilhar da fonte.

Ó mãe sublime, força sem fronteira,

Em teu pulsar, segredos e mistérios,

Gerando luz na aurora feiticeira.

E mesmo quando em tempos deletérios,

Tu te refazes, brava e verdadeira,

Rainha imortal dos dias mais etéreos.