Ah, as impossibilidades!

Ah, as impossibilidades que nos prendem...
O senso firme a segurar o passo...
A renúncia em um tempo mais escasso...
E o chão que falta quando as dores tendem.

Ah, o caminho cheio de espinhos densos,
quando se busca apenas a flor macia...
E o umbral que a alma ousada não se desvia,
rasgando o peito com o caos e seus incensos.

Mas há na penumbra um lume escondido:
Esperança que ilumina o consciente
E uma força que cresce onde o chão está partido.

Se a Paz é um trilho, sigo de modo insistente,
Pois, mesmo em pedras, o passo é vívido,
no entanto, o cheque é mate: que presente!