Soneto do Desemprego

Sem sono na madrugada,

Escrevia um soneto de amor,

Mas surge a mãe desempregada,

E dela absorvo a dor.

Meu soneto se torna triste,

Transforma em pedido de recolocação;

Sofri desse mau e a dor persiste,

E sinto o aperto no coração.

Mas só resta escrever esses versos,

Para que minhas palavras transforme,

Os corações dos RH dispersos,

Em unidos para a mãe dar uniforme,

Para que a mãe caminhe pelo universo,

E contemple o filho que dorme.