Que Vejo em Deus
Quem sou eu para falar em Deus
Se não sou digno de dizer seu nome
Pobre de espírito, cego e com fome
Nu e sem méritos entre os filhos seus.
Quando ouso ouvir sua voz, ou vê-lo
Abre-me um sorriso, e na ansiedade
Livro-me das máculas, na piedade
Do seu olhar de amor e de perdão.
Ele não quer, e muito menos precisa
Da alma hipócrita, que se vandaliza
E depois geme numa dor desmedida.
Que espero de Deus, que direi afinal
Ele é o Poder que nos afasta do mal
Nos cobre de paz, e nos enche de vida.