A EMMANUEL SANTIAGO

O que crava o dente na carne

do tempo se verte, em sangria,

numa ars poetica, inflamada,

por suas fantasmagorias.

Compões os teus versos, e a mente

aprende, dentro deste assombro,

a mirar, no escárnio inclemente,

o círio velado entre escombros.

Cita o putrefato da fruta,

que introjeta toda a beleza

insuspeita na própria escuta.

E dos fantasmas examinas,

dentro do mausoléu do tempo:

a Casa do Carmo de Minas.

Lusca Luiz da Silva
Enviado por Lusca Luiz da Silva em 25/03/2025
Reeditado em 26/03/2025
Código do texto: T8293918
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