O esplendor de uma sombra

 

Vou podar seus magníficos ainda verdes galhos

Sentindo saudades do esplendor da sua sombra

Em que nessa morada sobre este chão faz penumbra

Bem devagarinho preciso ceifar seus chocalhos.

 

Seu tronco bojudo continuará sempre espaçoso

Auxiliando nas sensações frescas e acalentadoras

Embelezando a paisagem, exalando energia alentadora

Permanece soberano, persistente e corajoso!

 

Aos poucos, acompanhei o seu desenvolvimento

Era pequena e frágil, uma árvore meio desengonçada

Que aos poucos superou todos os acontecimentos.

 

Nas intempéries, bravios foram os seus laços

Numa descrença sentida, você se agitava desvairada

Da janela eu contemplava a elegância de seus braços.

 

 

 

 

Texto e imagem: Miriam Carmignan

Soneto

24/03/2925