VÔ MANOEL

A meu avô paterno, Manoel Soares do Nascimento, em memória, dedico.

Lembro o senhor de sorrisinho fino,

deitado sempre num local da sala

e do seu lado combinava a mala,

pois era assim no tempo d' eu menino.

Lembro o seu corpo estrutural, franzino...

(a minha voz, nesse momento, cala).

Veio a velhice lhe cobrando a fala

e veio a morte findar seu destino.

No seu velório, chorar, não chorei;

era inocente, mas, agora eu sei,

entender isso me custou mui tanto.

A ti dedico este soneto aqui,

por toda vez que do seu lado ri.

Com sua ausência, só me resta o pranto.

Baixa Grande, 27/01/2020.

Luiz Izidorio
Enviado por Luiz Izidorio em 24/03/2025
Código do texto: T8292982
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