Nossos sonhos

Quando de manhã por mim passaste

No chapéu o meu rosto te ocultei;

E mesmo sem te olhar também o sei

Que teu rosto na sombrinha ocultaste.

Na mesma manhã, quando voltaste,

Novamente por você eis que passei.

E entre nós dois se fez a mesma lei:

Eu não quis vê-la, o rosto me viraste.

Duas crianças é o que parecemos.

(Que ingênua essa nossa brincadeira!)

Pois tanto assim nós juntos padecemos;

Onde dormes, em tua cabeceira

Sonhas comigo... e o mesmo sonho temos:

Porque contigo eu sonho a noite inteira...

Allves
Enviado por Allves em 24/03/2025
Código do texto: T8292973
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