UM POEMA PARA MINHA MÃE

Tinha o espírito leve, presença frágil,

Mas, confiante, segurava-me a mão;

Protegia-me sob verdades e coração,

Movendo-se altiva, no seu corpo ágil.

Zeloso, seu olhar tinha o azul do céu,

Melodiosa, sua voz era minha calma;

Provia-me o corpo, nutria-me a alma;

Atenta, velava-me, como a um troféu.

Sua voz, depois, foi cedendo o ardor

Às montanhas e flores, no horizonte,

Que, às chuvas, exuberam com vigor.

Agora, escuto, por entre as campinas,

Sua voz suave a ecoar-se nos montes,

Como um sorriso inocente de menina.

ALBINO VELOSO
Enviado por ALBINO VELOSO em 24/03/2025
Código do texto: T8292901
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