"Doce vida"

Sorriso evocado no mar açucarado

Náufrago à deriva com Morpheus

A boia quente de suor espinhado

Es(fria) a cada braçada nos seus

O olhar segue inerte no horizonte

Norte, sul, leste oeste, onde seguir?

A direção turva, cheia, eucariontes

Não conseguem conjugar o existir

As horas do destino malcriado

Fazem cada bico ser mais afiado

A ferir de Aquiles os seus tendões

Água, Severina, grita seco Biu

Suspira num desritmado assobio

A rodopiar no tempo feito peões