Soneto da Libertação Silenciosa
Amor que veio em brisa e se perdeu,
Promessa feita em sombra e em segredo,
Foi sonho doce que o tempo esqueceu,
Ficou saudade e um estranho medo.
Te dei meu riso, o peito e o que sou,
Fui leal mesmo em tua ausência fria.
Mas toda entrega que em silêncio voou
Murchou nos cantos da melancolia.
Agora ergo meu nome com firmeza,
Não sou abrigo de amor incompleto.
Sou tempestade, sou minha fortaleza.
Não mais serei silêncio em teu afeto.
Me despeço da dor com delicadeza,
E sigo livre… mesmo em coração aberto.