ROSA IMPERIAL

Ó rosa soberana do jardim,

Rainha das flores, em esplendor sem fim,

Tens cores diversas, porém no carmesim

És mais fatal, e encantas como um hino.

Teu perfume exala doce e suave espinho,

Que invade a alma, traça um trágico caminho

Na mulher que enlevas, em júbilo ou espinho,

Seja aberta em glória ou em tímido botão.

Tua beleza é armadilha sutil,

Ferida que adorna, mistura de ardil:

Entre espinhos guardas teu rubro pavilhão,

Mas quem te colhe, bebe a própria perdição.

Ó flor efêmera, sublime paradoxo,

És pura essência do deleite e maldição.