SONETO INDIFERENTE
O universo é indiferente
À minha percepção do céu
Se o que vejo é cinza
Ou pleno de azul
Faço das uvas
Um vinho amargo
Amargo como os dias
Bebidos em cacho
O fogo do ano crepita
E os meses vão se queimando
Como lenha em brasa
Segue a alma indiferente
Olhando para fora da casa
Enquanto se regala à mesa