SONETO INDIFERENTE

O universo é indiferente

À minha percepção do céu

Se o que vejo é cinza

Ou pleno de azul

Faço das uvas

Um vinho amargo

Amargo como os dias

Bebidos em cacho

O fogo do ano crepita

E os meses vão se queimando

Como lenha em brasa

Segue a alma indiferente

Olhando para fora da casa

Enquanto se regala à mesa

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 22/03/2025
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