DE POETAS ILUSTRES A ESCRITORES DE BANHEIRO...
Quem amou, amou e não tem mais jeito,
Quem ainda ama sabe que é ele sorteio,
Por mais mil nomes, tons e ou os meios,
Que deem a este sentimento e seu veio.
Será sempre uma forma de mero rastejo,
Sempre vem e deixará o resto como esteio,
Para provar que dele a vida é um lampejo,
Sem ele é pedaço e com nunca será inteiro.
Sem sossego, sem fôlego, apenas vespeiro,
Nunca terá viúvos, apenas seus herdeiros,
Deixará as dívida, seus ônus aos meeiros.
De poetas ilustres a escritores de banheiro,
Sem escolhas, vontades, apenas os desejos,
Morte a razão e vida a mente em desespero.