ROTINA

ROTINA

Sons, muitos tons abafam dores, gritos.

Imagens, brilhos de todas as cores, luzes...

Encobrem rostos tristes, pálidos sorrisos.

Todos usam uma espécie de máscara, capuz

Na passarela da vida real, a fábrica, a rua.

Saímos cedo de casa para representar

Com identidade original, alma ainda nua

Até ao palco aonde a tragédia vai encenar.

Pegamos as ferramentas para o trabalho

Que sustenta a família e o faminto Estado

Vestidos com o suado figurino de operário

Uma ordem, um grito, uma tarefa a cumprir

Mais um desafio, a saúde mental por um fio

E a meta a superar enquanto durar, existir.

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 20/03/2025
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