OLHOS DE VILÃ...

Confesso que ainda sou deles indefeso,

E que eles não deveriam nunca existir,

Por serem armas impossíveis de resistir,

Pois trazem em mim tanto amor e medo.

Da medusa que traz ao amor um peso,

Essa pedra no peito que não posso medir,

Salvo pelas lágrimas deslocadas ao cair,

Da noite na qual é só vigília ou mero zelo.

Sem me adiantar perguntar ao espelho,

Quando eu perdi minha vida e respeito?

Sabendo que a resposta não irá me suprir.

Fechar meus olhos? Não trará desfecho,

Verei na escuridão os teus, meus desejos,

Que me cegam até mesmo ao dormir.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 19/03/2025
Código do texto: T8289562
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