OLHOS DE VILÃ...
Confesso que ainda sou deles indefeso,
E que eles não deveriam nunca existir,
Por serem armas impossíveis de resistir,
Pois trazem em mim tanto amor e medo.
Da medusa que traz ao amor um peso,
Essa pedra no peito que não posso medir,
Salvo pelas lágrimas deslocadas ao cair,
Da noite na qual é só vigília ou mero zelo.
Sem me adiantar perguntar ao espelho,
Quando eu perdi minha vida e respeito?
Sabendo que a resposta não irá me suprir.
Fechar meus olhos? Não trará desfecho,
Verei na escuridão os teus, meus desejos,
Que me cegam até mesmo ao dormir.