INFERINDO O TEMPO...
Infelizmente o tempo não é uma porta,
Embora se feche para nunca mais se abrir,
Infelizmente parece que nada mais importa,
A não ser essa mania de em frente se ir.
Juro que tentei esquecer o que me corta,
Até procurei esse mesmo tempo dividir,
Traçando em linhas, mesmo sendo tortas,
As lembranças que insistem em me seguir.
Como telas da minha vida, tão expostas,
Ou meros questionários sem respostas,
Mas que o tempo persiste em me corrigir.
Até parece que o tempo não se esgota...
Estica-se igual a uma tão resistente corda,
Que em suas mãos gostam tanto de ferir.