Calada Madrugada
Na quieta madrugada insone e escura
A brisa fresca espanta calados medos
Guardados, fechados, nossos segredos
Sem o doce mel da luz e da grande lua.
O vento acolhe e se expande tranquilo
Maciamente, sem deixar rastros, sopra!
Aglomera-se na luz, potencializa e evoca
Sussurrando aos bons sonhos queridos.
Ardentes beijos que não foram trocados
Repousar em seu peito silenciosamente
Caminhar na grama fresca, pés descalços.
Triunfantes, vestir os panos desalinhados
Circular, com divina graça, pacificamente
Nos perfumes sinceros, imortais abraços.
Texto e imagem: Miriam Carmignan
Soneto