Folheio um livro de poesias

Folheio um livro de poesias. Folheio.

Olho página a página seus versos,

Correm meus dedos nos sonhos impressos,

E é como se os corressem no meu seio.

“Mas a dor desse poeta me espanta!”

Penso, comovido nessa leitura.

Embora essa dor, embora essa agrura,

À harpa da caneta ele ainda canta!

Foi então que num susto percebi:

Um círculo escuro que manchou a página,

E apossou-se-me um ímpeto esquisito…

Essa nódoa enegrecida que vi,

Foi que saltou-se de mim uma lágrima.

“São sobre mim todos esses escritos!”