ROSA 614

O orgulho ergue castelos no ar vão,

Egoísmo, teu trono é ilusão,

Preconceito, tua muralha é dor,

Soberba, tua glória é sem valor.

Arrogância, teu manto é efêmero,

Pois a morte, severa, é teu juiz,

E diante do fim, soberbo e lépido,

Desmorona teu reino infeliz.

Que vale o poder, a fama, o ouro,

Se a vida é breve, fugaz, incerta?

A morte iguala o rico e o louro,

E na terra, a todos, descoberta.

Assim, diante do último suspiro,

Orgulho e vaidade são só um giro.