Soneto de Carne Vale
Soneto de Carne Vale
A poesia se veste de confetes,
O coração desfila a inspiração,
Dança nos versos, reza entre os aletes,
Brilha no céu da grande procissão.
No ritmo alegre, as rimas são estandartes,
Colorindo o espaço e a multidão,
Na fantasia, o sonho vira arte,
Tingindo o tempo em viva devoção.
Entre os refrões, as plumas e os sorrisos,
Marchinhas tocam fundo os corações,
E a fé renasce em passos imprecisos.
No brilho intenso das celebrações,
"Carne vale", do latim, virou folia,
Nos fez crianças por eternos tons.
Lucimar Melo