O TRONO VAZIO

Prosta-te à força que impetuosa

te conduz aos cantos mais secretos

onde os sons, clamores, em todos dialetos

Se rendem a urros de sanha monstruosa.

Vem e senta-te no trono vazio

que a todos oferta a mesma garganta

que traga a imundície que só se agiganta

em nosso interior como um desvarío!

Ah, lá vem o pobre coitado,

resiste, sabendo-se derrotado

por esse abismo que está a chamar!

Mas, ei-lo, logo, prostrado, berrando!

As calças baixadas e ele soprando

feliz, aliviado, podendo cagar!